O cenário inicial lembra um botequim do velho oeste americano: poeira, cores sujas, garrafas velhas, e uma mulher-macho-sim-senhor são as primeiras impressões de As Traças da Paixão. Completando a cena, um homem que traz em uma mochila uma vida, chega de viagem atrás de sua história, e traz a poeira na roupa e na alma.
Assim Lucélia Santos e Maurício Machado contam o texto escrito em 1994 por Alcides Nogueira nesse ambiente rústico, com uma sujeira externa que é o reflexo tocável da bagunça interna dos personagens, da falta de cores interna que não pode criar o colorido externo. A secura da alma e da vida.
Alcides Nogueira, conhecido pelo grande público por seus trabalhos na TV {como Ciranda de Pedra - Globo, 2008}, desafia atores e público com um texto sem meias palavras, sem pudores, no qual as verdades e mentiras do ser humano são questionadas, gritadas, e mesmo assim, um tanto escondidas sob a poeira de suas almas.
Lucélia Santos e Maurício Machado dão voz aos gritos, fazem de Marivalda e Paco personagens quase caricatos, em uma interpretação que exclui a leveza para valorizar o lado duro do ser humano: a vida dura, e a forma dura de pedir amor e de amar.
O expectador se vê jogado naquela sujeira de dúvidas, da crueldade, do cru, do sem meio-termos. Como se ele sentasse em uma daquelas mesas quebradas do bar e assistisse a um duelo sem armas. Os cenários mudam, o duelo continua, e o público continua duvidando e criando suas próprias certezas em meio à bagunça dos personagens. Entre os absurdos, a citação da princesa Anastácia, {herdeira dos czares russos) e referências teatrais de nomes como Plínio Marcos, Nelson Rodrigues, Tchekhov, e Sófocles.
Sob a direção de Marco Antonio Braz, Lucélia Santos exagera na caricatura da interpretação, mas gera admiração por sua formidável forma física. Já Maurício Machado {no ar em Cama de Gato} protagoniza as melhores tiradas do espetáculo.
As Traças da Paixão está em seu último fim-de-semana, sob o teto iluminado do belíssimo Teatro Poeira, em Botafogo, Rio de Janeiro.
Serviço:
Local: Teatro Poeira (Rua São João Batista, 104 - Botafogo)
Informações: (21) 2537- 8053
Bilheteria: 2° a 4° das 15 às 20h/ 5° a sábado das 15 às 21h e Domingo das 15h às 20h
Horário: Quinta, Sexta e Sábado às 21h/ Domingo às 19h
Ingressos: Quinta, Sexta e Domingo R$40,00 / Sábado R$50,00
Classificação indicativa: 14 anos
foto: divulgação Daniella Cavalcanti Assessoria de Imprensa.
Até a próxima,
Assim Lucélia Santos e Maurício Machado contam o texto escrito em 1994 por Alcides Nogueira nesse ambiente rústico, com uma sujeira externa que é o reflexo tocável da bagunça interna dos personagens, da falta de cores interna que não pode criar o colorido externo. A secura da alma e da vida.
Alcides Nogueira, conhecido pelo grande público por seus trabalhos na TV {como Ciranda de Pedra - Globo, 2008}, desafia atores e público com um texto sem meias palavras, sem pudores, no qual as verdades e mentiras do ser humano são questionadas, gritadas, e mesmo assim, um tanto escondidas sob a poeira de suas almas.
Lucélia Santos e Maurício Machado dão voz aos gritos, fazem de Marivalda e Paco personagens quase caricatos, em uma interpretação que exclui a leveza para valorizar o lado duro do ser humano: a vida dura, e a forma dura de pedir amor e de amar.
O expectador se vê jogado naquela sujeira de dúvidas, da crueldade, do cru, do sem meio-termos. Como se ele sentasse em uma daquelas mesas quebradas do bar e assistisse a um duelo sem armas. Os cenários mudam, o duelo continua, e o público continua duvidando e criando suas próprias certezas em meio à bagunça dos personagens. Entre os absurdos, a citação da princesa Anastácia, {herdeira dos czares russos) e referências teatrais de nomes como Plínio Marcos, Nelson Rodrigues, Tchekhov, e Sófocles.
Sob a direção de Marco Antonio Braz, Lucélia Santos exagera na caricatura da interpretação, mas gera admiração por sua formidável forma física. Já Maurício Machado {no ar em Cama de Gato} protagoniza as melhores tiradas do espetáculo.
As Traças da Paixão está em seu último fim-de-semana, sob o teto iluminado do belíssimo Teatro Poeira, em Botafogo, Rio de Janeiro.
Serviço:
Local: Teatro Poeira (Rua São João Batista, 104 - Botafogo)
Informações: (21) 2537- 8053
Bilheteria: 2° a 4° das 15 às 20h/ 5° a sábado das 15 às 21h e Domingo das 15h às 20h
Horário: Quinta, Sexta e Sábado às 21h/ Domingo às 19h
Ingressos: Quinta, Sexta e Domingo R$40,00 / Sábado R$50,00
Classificação indicativa: 14 anos
foto: divulgação Daniella Cavalcanti Assessoria de Imprensa.
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