"Crime e Castigo", de Dostoiévski


Em 2009, finalmente li "Crime e Castigo", romance do russo Fiódor Dostoiévski.

Seria muita pretensão tentar fazer uma resenha sobre o livro, mas vou dar a minha opinião {sejam bonzinhos, por favor! rs.}.

Foi quase um mês de leitura hipnotizada com a saga de Raskólnikov. Acompanhei os conflitos internos deste homem corrompido em si mesmo, justificando-se por uma razão dita maior, clamando por Napoleão Bonaparte, envolvendo-se com "gente real" - gente que o indaga e que sofre com ele, e alguns que o adoram.

A leitura de Dostoiévski me pareceu um labirinto: não era possível sair dela. O autor é detalhista, tanto no cenário externo quanto no interno dos personagens. O livro faz jus aos temas "clássico" e "obra-prima", e agradeço a todos que me disseram que era imperdível. É!

Raskólnikov tornou-se uma figura quase íntima, e dele me despeço - sentindo já a estranheza do "adeus" a desconhecidos íntimos.

"Talvez só a força de seus desejos lhe tivesse feito acreditar, ..., que era um homem a quem é permitido mais que aos outros",
{página 546}

Redenção
É bonito ver que a redenção de Raskólnikov vem pelo amor a Sônia - uma prostituta que lhe prega o Evangelho {é lido, em especial, o trecho da ressurreição de Lázaro - João 11}. Inclusive Sônia é uma das personagens mais lindas do livro, um exemplo de quem é fiel a si mesmo apesar da vida a que é obrigada.

No cinema de Woody Allen:
Três filmes de Woody Allen são baseados claramente em "Crime e Castigo".
São eles: “Match Point”, “O sonho de Cassandra” e “Crimes e Pecados”.
Já assisti os três e indico: é uma forma intensa de interpretação da obra de Dostoiévski - em "Match Point", inclusive, o protagonista aparece lendo o livro.


Até a próxima,

Lathife Cordeiro
twitter: @VisaoArte

0 comentários: